sábado, 2 de junho de 2012

Quem é mais importante? A Instituição PM ou o PM?

O assunto é polêmico. É de grande valia esse questionamento para que possamos refletir sobre o nosso presente e futuro, sobre a nossa qualidade de vida hoje e amanhã, como se discorrerá a seguir. Em primeiro lugar, perguntamos: quem veio primeiro? A instituição, claro, pois esta nos incorporou. E se ela se extinguir? Não haverá mais policiais militares, não é mesmo? Pois bem: já podemos concluir que a Policia Militar é a nossa célula de sobrevivência como profissionais da segurança pública. 
Outro aspecto importante é tomarmos conhecimento do que estamos fazendo com esta célula que nos abriga. Será que estamos alimentando-a direito, ou nutrindo-a de material nocivo à sua saúde? É nesse ponto que precisava chegar, pois existem algumas modificações na nossa estrutura que podem comprometer a sobrevida da Corporação, senão vejamos:
1. Sendo a nossa gênese militar, ao longo dos anos estamos nos moldando às atividades civis. Surge o grande perigo, o de perdermos essa identidade, esse “DNA” de respeito à hierarquia e à disciplina. Sempre afirmei, durante meu tempo de caserna, que deveríamos aproveitar as coisas boas do militarismo, pois este era o nosso diferencial. Ocorre que algumas das modificações prejudicaram em muito esse gene. Exemplo disso - e existem muitos - foram as promoções irregulares (todos os decanos, pelo menos sabem às quais me refiro, que levaram a recursos judiciais intermináveis);
2. As modificações do Legislativo, ora oriundas deste ou mesmo do Executivo, avançaram sobre os aspectos sociais, de respeito à dignidade do policial, permitindo que este pelo menos recuperasse parte do déficit financeiro pela dedicação à segurança pública em detrimento a uma vida arriscada, impagável. Por outro lado, a demora nos investimentos de condições de trabalho tirara a qualidade de vida do militar da briosa;
3. O aspecto político/partidário/militar não combina. Não podemos misturar política partidária com polícia. Esse é um defeito genético, pois a PM é do Estado, e tem como seu “Comandante em Chefe” o governador. O pior, é que a febre partidária pode virar epidemia, comprometendo órgãos vitais que abalam a estrutura, o funcionamento e o cumprimento da missão, vocacionada para a segurança pública. Em outra oportunidade, discorreremos especificamente sobre esta matéria, que tem a mesma gravidade de se discutir religião, dinheiro e relação conjugal.
Olha que ainda não falei do “trem da alegria”... Perguntamos novamente: quem é mais importante? Responda, mande sua opinião.

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